Hoje vim para casa com um coração pequenino, com um corpo cansado das 12 horas de trabalho sentada numa secretária, com as saudades de uma cidade (Porto!) que também foi minha, com a garganta dormente de engolir em seco a frieza do tutor que me foi atribuído (e que age como se eu fosse um ser transparente), com vontade de lhe chamar nomes, com a necessidade de chorar em voz alta mas .. não tenho esse direito. A casa é dos meus pais. Eles também estão cansados. Trabalham há mais de 30 anos e nunca os vi chorar. Nunca.
Sou novata. Sou médica mas sem autonomia. Tenho que suportar "coisas mal feitas" sem falar, feitios de ferro, vícios de muitos anos, mau humor diário, tenho que ficar até às 21:00 a trabalhar (embora o meu horário seja só até às 16:30). E atenção, ficaria de bom grado se o ambiente e a rentabilização do tempo fosse outra. Infelizmente o quadro não é ideal mas tento acreditar que há pior (sei que há).
Foram seis anos de curso, um ano comum e mais 4, 5 ou 6 de especialidade.
Vale a pena?!? Não me apetece responder agora.
Tenho aprendido que uma bela noite de sono, equivale a muita "boa e santa" medicação.
Tomorrow:
New day and a New Life *
Post here!
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
domingo, 19 de janeiro de 2014
Com horários até às 20:00, difícil mesmo é encontrar tempo para mim...
Coisas que tendem a ser urgentes (pelo aspecto que ganham/ pela falta que fazem):
Coisas que tendem a ser urgentes (pelo aspecto que ganham/ pela falta que fazem):
- Cortar a franja (Não vejo. Cai-me em cima dois olhos e, pondo para o lado, tende a ficar tipo "cortinado". Bad. Really bad. Cortei-a da última vez em casa mas deu asneira - da grossa! Torta, Curta e Medonha)
- Comprar um removedor de verniz. (Só posso usar brancos, rendas e cremes. Embora sejam cores mais duradouras, hoje olhei para as mãos e "cruzes, credo". Estão todas lascadas.)
- Depilação. (Não entremos por tais descrições)
- Fazer uma listinha de coisas que me fazem falta para o meu pai fazer o favor de trazer da próxima vez que for a Lx em trabalho. (Pai sofre. E os Ilhéus também.)
- Outras coisas não menos importantes: Paz. Sossego. Calma. Saúde. Desporto.
sábado, 18 de janeiro de 2014
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Como uma terapia. E que terapia.
O quê? A escrita.
O dia foi intenso, preenchido e com uma brutalidade de emoções/pensamentos/saudades a atravessarem-me a cabeça a velocidade avassaladora...
As lágrimas escorrem-me pela cara. O quão gosto eu desta ilha ...
Mas a quantidade de coisas que me fazem falta...
E que falta. ´
Esta "prisão" (ilha) sufoca-me. O mar, mesmo que escuro e bravo, acompanha-me e liberta-me. Sempre.
Uma estranha dicotomia que as palavras ainda não traduzem.
Não conseguem.
Aqui o tempo passa mais devagar. Sente-se mais do que se contam as horas.
Aqui a vida não é tua. É de muitos.
Aqui a casa não é tua. É dos Pais.
Aqui é um pedaço de terra perdido no meio do Oceano.
Aqui sou eu. A música. A noite. As estrelas.
Aqui.
***
O quê? A escrita.
O dia foi intenso, preenchido e com uma brutalidade de emoções/pensamentos/saudades a atravessarem-me a cabeça a velocidade avassaladora...
As lágrimas escorrem-me pela cara. O quão gosto eu desta ilha ...
Mas a quantidade de coisas que me fazem falta...
E que falta. ´
Esta "prisão" (ilha) sufoca-me. O mar, mesmo que escuro e bravo, acompanha-me e liberta-me. Sempre.
Uma estranha dicotomia que as palavras ainda não traduzem.
Não conseguem.
Aqui o tempo passa mais devagar. Sente-se mais do que se contam as horas.
Aqui a vida não é tua. É de muitos.
Aqui a casa não é tua. É dos Pais.
Aqui é um pedaço de terra perdido no meio do Oceano.
Aqui sou eu. A música. A noite. As estrelas.
Aqui.
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EU
Tenho que decidir e decidirei no dia em que chegar a P. Mas não. Não quero. E esta é a minha voz interior. É esta a voz que não me dei...