quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dear diary,

A minha cabeça parece pesar uns 90 kg!
Tenho passado mal as noites. O meu corpo não se decide entre o frio e o calor e os meus sonhos têm sido autênticos filmes de acção!

Os dias não têm sido propriamente dias iguais aos outros. Tenho-me sentido mais sozinha, triste, sem grandes capacidades comunicativas, com baixo rendimento laboral, com saudades dos meus e com questões existenciais.

Nada é impossível, e manter uma relações à distância, ao contrário do que muita gente defende, consta na minha lista de possibilidades (e, neste momento, uma realidade).
É certo que custa. É certo que não foi uma escolha de nenhum de nós mas questões profissionais e familiares falaram mais alto. 
É um processo de aprendizagem. É um teste à nossa capacidade de criar novas rotinas, de tentar tapar as lacunas que, inevitavelmente, ficam com outras actividades e sem pensamentos negativos.

A fonte de energia/ auto-estima/ solidificação que resultavam daqueles 45 minutos a ver um programa no sofá/ a dar um passeio pela Foz, a tomar um café perto de umas das casas, deixou de existir. Substituir essa fonte de energia por outra de frequência e comprimento de onda exactamente igual é, completamente irreal.

Mas enquanto tentamos colmatar essa lacuna que, bruscamente, passou a existir, não estamos mergulhados em pensamentos depressivos, solitários e (muito) penosos.

NÃO TEM SIDO FÁCIL. Estaria a mentir se o afirmasse.
Há dias em que percebo as pessoas que me diziam: " manter uma relação à distância é MT complicado (e que pelas suas caras só não me diziam "Impossível" com medo que me desse alguma "coisinha má").
Impossível NÃO É. Mas que, de facto, implica alguma maturidade, compreensão, re-adaptação e MUITA calma, lá isso implica.

E custa-me porque há dias em que tudo me parece longe de mais.
Já não basta estar longe da família, já não basta parecer-me estar SEMPRE longe de ser cartolada, agora também tenho que estar longe da pessoa com quem tenho partilhado, aprendido e "discutido" nos últimos tempos...
Detesto pessoas que passam a vida a lamentar-se e longe de mim seria esse o meu propósito mas, às vezes encontro na escrita uma verdadeira psicóloga.

Talvez seja essa a maior lição que tudo isto me tem dado. A tentativa/ capacidade de auto-ajuda. Tenho noção que a vida terá coisas bastante mais pesadas para me oferecer e que talvez a maior e mais eficaz das ajudas, será a que parte de nós mesmos.



Acabou a lamexice por hoje! Venha a força para o trabalho e alguma coisa que me ajude a passar esta dor de cabeça infernal...

Um beijo a todos




Sem comentários:

Enviar um comentário

EU

Tenho que decidir e decidirei no dia em que chegar a P. Mas não. Não quero. E esta é a minha voz interior. É esta a voz que não me dei...