Sair de casa aos 18 para vir estudar não foi difícil!
Temos (ou pensamos ter) força. Temos garra. Consideramo-nos imbatíveis. Vimos em busca de um sonho. Sentimo-nos orgulhosos e somos o orgulho de uns tantos outros. Entramos num "ALICIANTE" mundo novo (até vermos que afinal o mundo não é o que pensamos).
Chegou a nossa vez!
Pedimos aos pais que não chorem, que nem uns perdidos, quando nos levam ao aeroporto. Prometemos que tudo vai correr bem. E...
aqui vamos nós!
O mais díficil não foi fechar a porta da nossa (e sempre nossa) casa.
O díficil foi abrir a nova porta.
Foi o abrir uma porta de uma casa sempre vazia.
Foi o não ter ninguém com quem jantar.
Foi o não ter ninguém com quem partilhar as banalidades de um dia.
Foi o, por não querer preocupar os nossos e, por ter noção da GRANDE e INCONTORNÁVEL distância que nos separa, "esconder" as nossas dificuldades e preocupações.
Foi o dar um ar de "está tudo bem" quando na verdade não estava.
Foi o passar a ser responsável por um "todo" bastante pesado sem um aquecimento prévio.
Foi o passar tudo a depender do "Eu"e do "Mim".
Foi o estar sozinha tempo de mais (e aqui aponto a arma à minha personalidade, solitária por natureza. Mas é a minha).
.
Há coisas que, entretanto, o tempo mudou e muda (e já lá vão 8 anos).
Mas uma coisa é certa:
Desde o dia em que pus a chave naquela nova fechadura, o Domingo...
O Domingo nunca deixou de ser o pior dia da semana!!!
Não sei (ou não quero) saber porquê, só sei que o é!
Se ao menos a TAP me levasse a casa de vez em quando...
Ai saudades...
Sem comentários:
Enviar um comentário